Castelo de Chenonceau

Eu sempre desejei conhecer o Castelo de Chenonceau. Em 2008, pude realizar esse sonho. E não me decepcionei. É das paisagens e das construções mais lindas que já tive oportunidade de conhecer.

Guile e eu nos jardins do castelo
Esse château fica na França, no Vale do Loire; foi construído no leito do Rio Cher entre 1515 e 1522.

Fomos de TGV, o trem de alta velocidade, que cortou belas paisagens de Paris até a região do Loire. Quando chegamos, a bruma cobria toda a área — era cedo ainda —, o que reforçou o clima de magia. O castelo, que está oculto no bosque, vai se oferecendo aos poucos à nossa visão. Primeiro uma estradinha de acesso, depois o gramado, algumas árvores, a casa de chá, os jardins. Ao ver, finalmente, Chenonceau refletido nas águas do rio, meu coração deu um salto. Nem sei como descrever tanta beleza…

Um de seus grandes encantos é mesmo seu reflexo nas águas, o outro são os refinados jardins em estilo francês, que primam pela harmonia de formas e cores. No bosque, há trilhas que levam a esculturas e a um labirinto.

Foto do Google
A troca da decoração floral, a do palácio e a dos jardins, necessita de 130 mil plantas, que são cultivadas na propriedade. Há dezenas de roseiras e uma grande diversidade de flores, como jacintos, tulipas, dálias e amarílis. No interior do palácio aparecem magníficos arranjos florais. Há, ainda, no local uma fazenda do séc. XVI, restaurada, a casa de chá, o restaurante e um jardim dedicado às crianças, com brinquedos rústicos, que combinam com o ambiente.

É impossível não imaginar como seria viver ali, contemplando as águas plácidas do Cher e o reflexo deslumbrante do castelo, sentindo o ar puro, o aroma do bosque e observando os balões sobrevoando a propriedade. Pode-se fazer isso tomando uma fumegante xícara de chá nos jardins (estava realmente muito frio; era outono)…O restaurante é acessível, com um belíssimo banheiro adaptado.

Foto: Laura Martins
Almoçamos a poucos metros dali, na vila de Chenonceaux, à moda francesa: entrada, prato principal, sobremesa, queijos, vinho. Para mim, que costumo comer pouco, é um verdadeiro trauma! Um pouquinho de cada coisa, somente para provar.

Quanto ao acesso, ao adquirir as passagens de TGV, é possível avisar que você é cadeirante e que precisará de auxílio para entrar no trem. Então, eles têm um equipamento para elevar a cadeira até a entrada. Na estação onde trocamos de trem, havia banheiro acessível. Mas é preciso ter disponível uma moeda para abri-lo.

O castelo é bastante acessível, e há banheiro adaptado tanto na entrada da propriedade quanto no restaurante. Mas não será possível, de cadeira de rodas, conhecer o piso superior e a cozinha, que fica no subsolo. Eu conheci, mas fui transportada no colo. Privilégio de quem não pesa muitos quilos…



Jardins do Castelo
(Foto: Laura Martins)

Bosque (Foto do Guile)

Jardins (Foto: Laura Martins)

Pausa para o almoço no agradável restaurante,
na vilazinha com construções medievais

De qualquer maneira, será possível rodar por boa parte da construção, pelos jardins, pelos bosques. Não é pouca coisa. Para ir à vila, há uma ladeirinha, que precisará de cadeira motorizada ou braços fortes do acompanhante. Não vimos por lá restaurantes acessíveis, mas dá pra entrar em um ou outro. Nada que a criatividade, a vontade e o entusiasmo não resolvam.

Foto do Google
Ah! Quando estive lá, não existia estação em Chenonceau. Apenas uma “plataforma” de desembarque. Caso resolva conhecer o local, verifique se algo mudou. E, caso não tenha mudado, se prepare, então, para “voar” do trem.

Toda essa aventura, porém, vai deixar registros marcantes em sua memória. Você não esquecerá esta paisagem nunca mais, eu garanto.

Para saber mais:


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