Rio de Janeiro para cadeirantes 3 – Centro histórico e Confeitaria Colombo


Centro histórico do Rio de Janeiro
(foto retirada daqui)
O Rio oferece muitas possibilidades de passeios para cadeirantes, algumas mais desafiadoras que outras. Sua escolha precisa se basear em suas condições físicas, seu gosto pela aventura, seu entusiasmo. Não se deixe limitar por informações sobre o que é acessível e o que não é. Mas, claro, não se coloque em risco!

Centro histórico

A parte histórica no centro do Rio oferece muitas atrações. É tudo plano, e as construções são lindas. Mas, lamentavelmente, a maioria dos prédios não oferece acesso para cadeirantes, alguns estão em franca decadência; as calçadas estão quebradas, algumas são muito estreitas, não há rebaixamentos na maioria dos pontos, e há ruas com calçamento de paralelepípedo.

Praça XV, Paço Imperial
(foto daqui)
Isso não foi suficiente para que eu e Josane desistíssemos. Ainda bem. Passeamos por toda a Cinelândia, que é o nome popular da região do entorno da Praça Floriano. De acordo com a Wikipédia, o local é “marcado por imponentes construções nos estilos Eclético, Neoclássico, Art Nouveau e Art déco. Em estilo eclético, destacam-se os prédios do Theatro Municipal, do Museu Nacional de Belas Artes, do antigo Supremo Tribunal Federal (atualmente Centro Cultural da Justiça Federal) e da Câmara de Vereadores”.

Como contei aqui, visitamos o Theatro Municipal, que é belíssimo. E entramos também no Centro Cultural daJustiça Federal, mesmo sem acesso para cadeirantes. O porteiro nos viu estacionadas na porta, atraídas pela cafeteria do local e confabulando sobre nossa vontade de tomar um café. Aproximou-se e perguntou se eu desejava entrar. Aliás, quase me obrigou a entrar, muito gentilmente… Chamou um colega, e lá fui eu escada acima (não são muitos degraus até a cafeteria; para o restante do edifício, muitas escadas!). De fato, uma bela construção, e uma cafeteria muito agradável, embora pequena.

Como Josane não se cansa nunca (o que não é o meu caso, mas mesmo assim consigo resistir o suficiente), andamos também pela Praça XV, Paço Imperial, Igreja do Carmo, Rua do Rosário. Nenhuma das construções tem acesso, embora tenhamos conseguido entrar no Paço Imperial, por conta de uma rampinha. Mas era só. Na Igreja do Carmo, chegaram a nos informar que a rampinha era móvel e havia sido roubada… Bem, de qualquer forma, também não tínhamos a intenção de entrar em todos os lugares, pois nosso tempo de estada na cidade não permitia.

Resumo da ópera: o centro histórico, de modo geral, só vale a pena se você for um cadeirante-ninja e gostar muito de construções históricas. Meu caso. Se não, fuja.
Apesar disso, indico, para os cadeirantes “normais”, o Centro Cultural Banco do Brasil, do qual já falei aqui, e os restaurantes da Rua do Rosário, dos quais ainda vou falar. Nesses pontos, o acesso é tranquilo.

Colombo histórica recebe as presenças ilustres
de Josane e Laura. (foto do gentil maître)
Confeitaria Colombo

Há duas Colombos: uma, histórica, no centro; outra, charmosíssima, no Forte de Copacabana. Fomos às duas.

A do centro tem o acesso possível, embora um pouco desafiador. A rua é estreita, calçada com paralelepípedos. A calçada também é estreita, e há um pequeno ressalto na porta. Não sei como é chegar de carro, pois fomos a pé. O hotel era próximo. Acontece que tudo isso compensa, pois a Colombo é um sonho! Encantadora, com seus móveis de época, espelhos, vitrais.

Torta de damasco em foto desfocada de
Laura Martins
Josane elogiou o capuccino, minha torta de damasco e nozes estava deliciosa. E o maître era a gentileza em pessoa: ofereceu-se para nos fotografar e ainda fez a direção de arte, posicionando-nos de forma a focar os espelhos, que refletiam o andar superior. Corra pra lá!

Para conhecer a Colombo do Forte de Copacabana, você precisará comprar a entrada para o Forte. Mas isso não é problema: ela é baratinha (4,00) e o passeio ao Forte vale a pena (falarei dele no próximo post).

Elegantérrima louça da Colombo, em imagem
retirada do próprio site da confeitaria.
Há um salão refrigerado, com mesinhas, mas o encanto mesmo, a meu ver, fica por conta das mesas ao ar livre, com vista espetacular para a praia de Copacabana, clima leve e despojado, crianças correndo por todos os lados. Uma delícia! 

As mesas ficam sobre uma calçadinha, mas isso não é problema. Os garçons trazem uma rampa móvel. E há lista de espera. Deixe seu nome, o número do seu celular e vá passear pelo Forte. Eles ligam quando a mesa desocupar. Foi o que fizemos e não nos arrependemos: almoçar com vista para Copacabana não tem preço.

Obrigada, Vida, por estes momentos de descanso,
prazer e contemplação. Obrigada, Josane, pela
companhia...
As mesas ao ar livre ficam sobre a calçada
(imagem do site da confeitaria)

Linda e deliciosa salada

Fico por aqui. Semana que vem, prometo falar dos restaurantes da Rua do Rosário. Até!



Confira os posts anteriores sobre o Rio para cadeirantes:





Para saber mais e ver mais fotos:









Comentários

  1. Laura, Muito bom. Tenho amiga minha cadeirante ( e dancante) visitando o Rio agora. Obrigado!

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  2. Olá, Scott! Se precisar de mais informações, é só entrar em contato pelo Facebook ou direto por e-mail, ok? Estou à disposição. Desejo um excelente passeio a sua amiga!

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  3. Guria, vc é um barato! Adorei seu blog e sua alma aventureira. Tbm sou deficiente física e blogueira. Passa lá.

    koisascomka.blogspot.com

    Vou te linkar.

    Superbeijo.

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  4. Oi, Ká, que bom que curtiu!!
    Passarei em seu blog, tá?
    Prazer em conhecê-la!
    Beijão

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  5. Querida Laura,

    Seu sorriso é contagiante. Muitos não-cadeirantes adorariam ter esse sorriso!
    Seu blog é inusitado.
    Sua causa é linda e sua filosofia de vida invejável!
    Desejo cada vez mais alegrias e viagens fabulosas na sua vida! Feliz 2012!

    Beijos da Ben.

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  6. Quantos elogios, Ben! E desejos de viagens fabulosas são tudo de que preciso!
    Obrigada pela visita, é um prazer conhecê-la.
    Beijos

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